SEIVA DE CRISTAL

Manhã calma de primavera...

E eu apenas recolho, sobre a nívea toalha da mesa,

Algumas falecidas pétalas de rubras rosas.

Nelas, ainda sinto certa maciez aveludada

Resquícios dos dias de flor tenra,

Cujas raízes abraçavam a terra firme.

Às rosas, só me resta repor-lhes água fresca.

Seiva que agoniza pelo vaso de cristal.