- AS QUATRO ESTAÇÕES -


Poeira de saudades rodopiam  pelos quintais dos esquecidos
Mergulho embriagada  no mar azul refletindo em  cinzas

Punhados de tristezas secas, imensas  montanhas de sal
 
Noites intermináveis, ponteadas de estrelas geladas
Pontes de vidro, caminhos obscuros , estradas tortas
Segredos perdidos no  nevoeiro forte que  desceu a serra 


Sonhos arrastados pela correnteza das chuvas de verão

Sentimentos  de inverno enclausurados na madrugada
 
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Despida de máculas, tons alaranjados, terracota pranteados
Folhas secas  despindo os ciclos em renovação precisa

Pausa entre os tempos. Sopro de Outono e silêncio


Cores e perfumes, relva úmida sob pés descalços
Orquídeas e lírios brancos , musgo e orvalho
 Desejos e segredos disfaçados em Primavera.



Jardins de engodos murcham sob o sol em aquarela

 Tons, sub-tons , canções, compondo estações alinhavadas

Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 14/09/2008
Reeditado em 26/11/2008
Código do texto: T1177810
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