A recepção

Entrou como aprendiz-aluno na Escola Profissional da RFFSA (na época E.F.C.B.) e anos, muitos anos depois, formou-se em Engenharia e para que seu contrato de trabalho fosse alterado para esse novo cargo teria de ir para o interior do RJ , MG ou SP. Escolheu Barra do Piraí, por estar distante somente 130 km do Rio. Iria ser Subchefe na Oficina de Locomotivas, Maquinistas e Auxiliares. Como não conhecia a cidade nem o local a se apresentar, só de nome, pegou um táxi e chegou lá.

Para se entrar na Oficina, a passagem obrigatória era pela frente da Escala de Maquinistas, onde se concentravam esperando a vez para conduzirem um trem.

Ao passar pela dita Escala, um Maquinista, que mais tarde soube tratar-se do "Tainha", vendo aquele cidadão arrumadinho de pasta 007 na mão, proferiu as seguintes palavras: PQP, já vem outro vendedor de Seguro de Vida!

Meses mais tarde, Tainha ainda olhava desconfiado, de rabo-de-olho para o (Corretor), que desde aquele primeiro dia já era um de seus chefes e que nada lhe dizia. Provavelmente pensava, ainda bem que ele não escutou, senão eu estaria "frito". Esperava a qualquer momento uma vingança ou represália que nunca aconteceu.

Mas pensando bem, "Tainha frita", cairia bem, né?