COMO CÃO NA CORRENTE


Você chegou como quem
temia aproximar.
Mas depois como um quiabo,
de pressa e de repente,
enlaçou-me no fisgo do teu olhar,
deixando-me como um
cachorro na corrente.
Eu agora sou de dar pena,
como mosca numa téia, todo amaranhado
me debato sem escape.
Estou assustado,
como burro que teme a espora,
do seu dono endiabrado.
Mas quando você me aproxima
e derrama sobre mim o doce do seu olhar,
deixando meu corpo todo arrepiado,
sinto prazer de seguir pela vida encabrestado!


luznaentradadotunel
Enviado por luznaentradadotunel em 09/05/2008
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