CIÚMES...

Por vezes é falta de sexo...

Noutras ausência de nexo

Doutras é muito complexo

Dói uma estupidez aos dois

Do portador ao receptor

É doença pior que câncer

Porque corrói e destrói a alma...

Bagunça tudo e te tira a calma

Mata por dentro, ao lado, lá fora

O ciúme é irmão gêmeo da inveja

Se esconde no pecado da soberba

Todos os parentescos da arrogância

Pouca dosagem é tempero do amor

Está no masculino e no feminino

Pelo que se sabe não se encontra

Nos estados vegetais e minerais

Ninguém está livre desse mal...

Mas ao se instalar é temporal

Troveja! Lampeja! Braveja!

Invade o outro...fraqueza!

Ultraja à sua privacidade

Estupra à tua consciência

Só se percebe num relance

No lance sutil ou passional

E faz estragos à cabeça!

Quando aparece depressa

Ou até mesmo sem pressa...

Não se descobriu a vacina

A não ser o culto da auto-estima!

Deveriam se criar grupos de ajuda

Para este tipo de paciente indolente

Que perambula por aí demente

Fazendo tanto mal pra si e pra gente...

Ensinar ao relapso a confiança no taco

Haja tolerância...paciência...clemência

Para suportar a inchação do saco

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 28/04/2008
Reeditado em 28/04/2008
Código do texto: T965754