R O T I N A
Peguei meu caniço,
Calcei minha botina
Foi grande o reboliço,
Quebrei minha rotina.
Fui prá beira-do-lago
E comecei a pescar...
Boa pinga, um trago,
Prá garganta molhar.
Os mosquitos chegaram
E começaram a zoar...
Logo usei o repelente
Para os bichos espantar.
Com a noite chegando
E se despedindo o dia.
Devagar fui parando,
Com a minha pescaria.
Pesquei um bagre-africano,
Algumas piabinhas peguei.
Acho que entrei pelo cano,
Porque pescar, eu não sei.
Voltei rapidinho para casa,
Foi grande a minha euforia...
Dei um até breve ao lago,
Devo voltar num outro dia.
* Esse poema é dedicado ao exímio pescador Gil de Olive, o poeta-mor da encantadora cidade de Campos de Jordão.