JUREI-TE DE MORTE !

 

Sim, não te suportava mais...

Tua simples presença

Já era motivo suficiente 
Para me causar enjôos e ira

Quando tu me assediavas

e encostavas tuas patas em minha pele,

a repugnância e a injuria se instalavam.

Vinha lá dentro de mim o mais profundo asco

e um desejo imoral de te matar

.
Flagrei-me premeditando a hora

e a forma de acabar com tua raça!

Constatei de forma cruel que

havia uma vil assassina dentro de mim,

E nada pude fazer pra mudar.

E tu? Tu continuavas passando por mim

Com tua habitual indiferença, 

Tua habitual puerilidade...

Parecia um deboche ou sarcasmo!

Oh! Tu nem sabes o quanto te odiei
todas aquelas vezes que te encontrei!

Enfim, chegou o momento tão esperado

Queria te assassinar com minhas próprias mãos

e, de forma totalmente estranha para mim,

consolidar o prazer de ver teu sangue jorrando...

Eu estava tremendo de febre, de ódio de ti

e cega de desejo de acabar com tua vida.

Naquele instante que passaste por mim novamente

Fazendo aquele teu conhecido gracejo

que parecia zombar de mim...

Oh! fúria incontrolável! 
Veio a tona uma explosão de raiva contida
da humilhação e do nojo que me causavas!

Fiquei cega e, num ímpeto,
golpeei-te com força e com as duas mãos.

Sei que não és tão grande assim,

És até miúdo e insignificante

Mas meu golpe foi pra matar um elefante

E ...te esmaguei! Sim, te esmaguei!!

Que prazer ao ver teu sangue em minhas mãos

Mosquito miserável!

Vinguei-me de ti!
Não passarás DENGUE a mais ninguém!