Do fato aos seios I

Como já propagavam a alguns anos atrás os psicólogos Roland Tompakow e Pierre Weil, o corpo fala. Este famoso livro, escrito na década de 80, foi um marco para a compreensão, de nós leigos, sobre o comportamento humano e de como o corpo responde automaticamente às situações em que nos encontramos. Sinceramente, sempre achei isso uma grande bobagem, tipo auto ajuda e tal, mas tive um "contato imediato" com esta situação, o que me fez mudar meu pensamento a respeito da comunicação corporal.

Com todo bom e aplicado estudante, saía eu da biblioteca da faculdade quando percebi que me chamavam...eu olhei, prestei bem atenção e acabei vendo que não era comigo. Mas, após um ligeiro momento de hesitação, percebi que realmente era comigo que eles falavam. Sim, eles. Na verdade, "eles" nada mais eram que um par de seios. Um lindo par de seios, para ser mais exato. Vinham sacolejando sensualmente escada acima e me olhando fixamente. Tentei dar uma de difícil, cara durão...mas não resisti, eles realmente falavam! Coisas do tipo "me observe e admire" ou "tem certeza que não quer dar nem uma olhadinha", ou, no momento que já estava totalmente embevecido , "sabia que não iria resistir". É duro, mas é verdade.

Isto foi um fato que aconteceu comigo, mas pode ocorrer a qualquer momento com você ou outro qualquer. Mas, o ponto que desejo chegar é: como ler nas entrelinhas corporais? Aconteceu comigo, de eu perceber o que se passava, pois era uma situação descarada, mas e quando não temos essa percepção? Desde pituxinho ouço falar que "um alguma coisa vale mais que mil palavras", mas qual a veracidade desta máxima? Não sei na verdade, mas continuarei mantendo meus olhos bem abertos e meu corpo falando, afinal, não é isso que nos pregam os especialistas?