Fragmentos de uma realidade Obscena
- HUMOR NEGRO-
Guardam segredos que são camuflados nos Contos - Suspense, as teias de aranha saídas do terror noturno nos livros de ética.
Quem?
Na posse do humor pinta o segredo de rosa choque: é lâmina que cega, poupa; amolada e na jugular do senador, fere!
Correm deputados.
Cerra-se a cortina e o teatro tem seu fantasma, Brasília tem seus laranjas.
No picadeiro, são avenidas que se cruzam, os semáforos em amarelo. Alerta total na cidade que exclui o pedinte humilhado.
O Amor dá lugar ao desejo; trai a fêmea, o macho esparramado no sofá de couro, amassos molhados dão cria. Crianças surgem enfileiradas nas escolas às avessas; tem sopa, tem bolo de fubá, tem professor de matemática e funk.
Como?
A dança do créu e o Dr que desconhece a realidade.
Os caixões com a alça dourada e as freiras mumificadas fazem no chão de terra fértil a oração.
O sambista canta:
... Agora vou mudar minha conduta, eu vou para a
Luta... Com que roupa eu vou?
A realidade se torna obscena no uivo do lobo que enche o labirinto auditivo do Deus pagão.
Labareda cospe o circense.
A rosa de plástico vira lenço e a mágica magistral entoa a criatura que surge das águas.
Yemanjá!
Sereia,
Afrodite!
Rainha,
Mito e suor,
Calor e sonho,
Aliança real entre saber e poder!