Pre/tensão

Café com pão
Manteiga não
Café com pão
Café com pão


E nesta pretensão cismei em escrever
Tanger em versos a oportunidade perdida
Meu pensamento adverso arremeter
Oh quimera de vida
Inesperadamente fui tolhida
Pelas regras impostas nas certezas
Pela métrica não aprendida
Pelo ritmo perdido em incertezas



Mudo agora meu perfil

Não sou poetisa amadora
Sou apenas nascida no Brasil
Teimosa, obstinada e sonhadora
E faço minha vida de incertezas
Descer ao léu em suaves correntezas
Absurdas, suaves e turbulentas
Sem métricas
Sem ritmos
Às vezes sem rumo


Escrevo mal, eu assumo!

Embevecida ante os nomes consagrados
Assim eu sigo nesse vício literário
Meus sonhos não são guardados
São expostos nesse novo itinerário.

E o gosto de ver meus versos
Crescendo, alcançando os corações

É tal qual mãe  com filhos diversos
Ao vê-los viver sem limitações


Paraplégicos
Tetraplégicos
Epiléticos

E emudeço


Sem discriminações
Prossigo com embriões
Estudando,pesquisando,

Aqui ninguém me tolhe
E cresce minha prole!
INEZTEVES
Enviado por INEZTEVES em 11/03/2008
Reeditado em 26/03/2012
Código do texto: T896035
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