PÉROLAS RECOLHIDAS NA FAMÍLIA

PÉROLAS RECOLHIDAS NA FAMÍLIA ...

Anna Paula era a primeira netinha do vovô português. Ao passarem frente a uma farmácia, resolveram se pesar na balança próxima à porta.

Ao subir na balança, Anna Paula olhou o ponteiro oscilar, registrando l4 quilos e meio.

- Quantos quilos, Vovô?

- Quase uma “ arouba” - respondeu o vovô com o sotaque carregado de sua terrinha.

- Ai que bom, Vovô, agora peso diferente de todos os meus amiguinhos: e carregando no sotaque: “ Quase uma arouba...”

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Bruna – 5 anos – pediu ao Papai Noel no último natal do milênio:

- Quero um cheque em branco ou um cartão para comprar um celular igual ao do titio.

Natália, a irmãzinha de 3 anos:

- Pois eu quero um trombone de vara...

Conhecera o instrumento quando ia assistir os “Concertos do Parque”com apresentações da Orquestra Sinfônica junto ao papai, mamãe e Bruna e queria tocar num daqueles , lindo...

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Guilherme – 4 anos, saiu com os adultos da família para festejarem o aniversário da mamãe. Jantou, tomou refrigerante e nem esperou pela sobremesa .

Começou a despedir-se de um por um dos convidados:

“ Boa noite - e estendia a mão a cada pessoa.

Deu um beijo na mamãe, uniu duas cadeiras e deitou-se calmamente, pegando logo no sono...

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-Porque a gente não pode comer carne na sexta feira da paixão? - perguntou Noêmia – 7 anos - â mamãe que, no seu conceito era a” mulher mais sabida” do mundo

- Por tradição, sacrifício e respeito à morte de Jesus...

- E porque a gente não troca o sacrifício e deixa de comer “abroba” que é muito ruim e come a carne que é muito mais gostosa?

Mineira do interior, a família mudou-se para o Rio de Janeiro. Ao jantar, Noêmia ouviu no jornal da televisão:

- Vai faltar manteiga na mesa do carioca...

- Mamãe, graças a deus que nós somos mineiros, né?

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- Gente, gente, escuta essa, foi meu colega do jardim que me contou... E espalhafatosa e barulhenta. gesticulando muito, Nalu - 6 anos -começou:

- Era uma vez um português que chegou no Brasil, aí, né...

-Chegou de onde, Nalu? – perguntei.

- Ah, chegou, aí, ah sei lá... Aí, né, o português....

- Chegou de onde, Nalu? – insisti.

- Ah, de Porto Alegre, uai....

Nem escutei a piada, dei-me por satisfeita e saí rindo.

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Fernanda, 6 anos, gorducha , educada, olhos muito verdes, um encanto de criança .

Nas férias viajava sempre, mas morria de saudade das aulas de piano que iniciara aos três anos. Contava novidades com seu jeito calmo de falar: as praias eram lindas...

- Você gostou de Sergipe, Fernanda?

- Eu não fui prá Sergipe não , eu passei férias foi em Aracaju...

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O loirinho de 5 anos, além de muito bonito, era simpático e inteligente.

A vovó coruja contou que ele já estava lendo.

- Verdade, loirinho? Então vá ali na sala e pegue o jornal. Leia aqui:

“ES – TA – DO DE MI – NAS” - passei a página-

“AS ES – TRA – DAS DE MI - NAS ES – TÃO – CHE –IAS DE BU – RA - COS” Virei mais uma página:

“ LU – A – NA ES – QUE – CEU CO – MO COR- TOU O PÊ –NIS DO MA – RI – DO”

Gargalhada geral...

- Você entendeu direitinho o que leu? – e ele repetiu tudo o que acabara de ler.

- Olha, a Luana brigou com o marido dela – comecei a contar-lhe –

e com raiva dele, aproveitou que ele foi dormir, e cortou-lhe o pintinho de fazer pipi, não sei se com uma tesoura amolada ou com um facão.

- A polícia levou ela?,

Ele olhou-me sério, saiu da sala e depois voltou, pois ficara matutando:

- Ô tia, a Luana não pegou tesoura nenhuma, ela pegou mesmo foi um facão bem grande e amolado. Tesoura não dá para cortar couro de “ TENIS” não pois é muito duro só com o facão ela conseguiu cortar o “TENIS” ...

Linandre
Enviado por Linandre em 06/03/2008
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