Palavrões

Nasci no ano de 1957. Criança nessa época não falava palavrão, pelo menos aquelas de “família”. Isso mesmo, de “família”! A família era algo a preservar. Para se ter uma idéia, se alguma moça era namoradeira, mal falada. Vixe! Não era moça de “família”!

Mas voltando à questão do palavrão, a palavra “bunda” era nome feio! Criança não podia falar essas coisas.

Foi então que a minha irmã, um ano e meio a mais do que eu, toda vez que queria referir-se à “bunda”, usava a palavra “melancia”!

Acho que minha irmãzinha associou a idéia da bunda redonda à melancia igualmente redonda!

Melancia, fruta redonda e gostosa! Mas isso nem passava pela cabecinha de uma criança inocente!

Fico imaginando quantos outros palavrões surgiram por conta da censura! Vejam só que nomes mais ridículos:

Bimbinha, Xereca, Chaninha, e outros ainda para se referir aos genitais femininos.

Pi-piu, pau, cacete, pistolinha e bigolim e outros para se referir aos genitais masculinos. Bigolim? Ai! Esse é terrível, que me perdoe o saudoso Ronald Golias!

Hoje as coisas mudaram tanto! Nas escolas ensinam até como colocar “camisinha”!

Será que ainda vão inventar novos nomes para as nossas “coisinhas preciosas”?

Muitos nomes já estão até fora de moda! Quem sabe essa nova geração crie alguns nomes mais engraçadinhos!

Aureni Costa de Sá
Enviado por Aureni Costa de Sá em 29/02/2008
Reeditado em 29/02/2008
Código do texto: T881451