FABULÁRIO 5 A ARANHA E O BESOURO

Cançada de ver suas teias destruídas por um besouro que zoava voando em tudo que era direção, uma aranha se viu na obrigação de dar um basta nas trapalhadas aerea do desastrado.

- Assim esse besouro me tira do sério. - Pensa. - É a terceira noite que vejo violadas minhas armadilhas, será que esse danado quer me matar de fome? com o inverno chegando por aí?

Considerando-se com tempo de sobra, a aranha resolve conduzir o problema para o lado diplomático, enviando uma correspondência ao besouro, que foi levada por forte vento indo bater à porta s do ruidoso inseto no formato de uma folha de eucalipto.

- Caro amigo besouro, você está convidado a jantar comigo esta noite onde trataremos de um assunto de nosso interesse.

Ante a tão agradável convite, o besouro chega no horário combinado sendo anfitriosamente recebido pela aranha, num clima leve e agradável embora de curtissima duração. já que a aranha ao inves de deixar o convidado à vontade, depis de ensaiar um sorriso vai direto ao ponto antes mesmo de sentarem -se à mesa:

- Besouro, eu gostaria antes de mais nada te pedir que evite voar sobre minhas teias trabalhosamente espalhadas pelas folhas, pode me fazer esse favor?

- Mas aranha. - Fala o besouro. - Você tem teia para tudo que é lado, dá até trabalho ficar evitando.

- Tente fazer uma forcinha. Fala a aranha num risinho que demostra que a coisa em instantes acabaria mal e acertando em cheio ao ouvir o besouro dizer.

- Então acha que eu devo sair desviando de tudo que é teia de aranha que me vem à frente? essa é mesmo boa!

A pouca tendência diplolomática do besouro comprometeu a condição de anfitriã da aranha que disparou:

- Já deu pra ver, seu besouro malcriado que com você não tem diálogo.

- Escute aqui aranha, minhas rotas só dizem respeito a mim e para ser franco, essa conversa já no meio não me agrada e se quer um conselho fique fora do meu caminho.

- Ah! então e assim? pois trate de cair fora que você não é mais meu convidado.

- É mesmo? vejo a só isso: E o besouro faz enorme estrago nas teias de aranha deixando-as furadas como se fosse um queijo suiço e disse:

- Eu voarei onde e quando bem quizer e tem outra, o bichinho que eu notar preso à sua rede será salvo por mim como cortesia. Passar bem. - E o besouro corta o ar veloz, fazendo com seu vento rodopiar duas pontas de teias da aranha que ficaram amarrotadas num canto. e ainda ouviu a aranha gritar:

- você não perde por esperar besouro!

Engenhosa a aranha faz ardiloso plano para pegar o besouro onde nele uma formiguinha "quen quen" também levaria a pior.

já que na teia mais fraca ela seria deixada como isca a ser salva pelo besouro que seria preso numa outra teia capaz de deter um camundongo Depois de tudo pronto a formiga esperneava tentando se soltar e a aranha aguardava a chegada do besouro que como novidade veio com mais uns dez destruindo toda a armação da aranha que ficou furiosa e de quebra retirou a formiga ironizando:

- Pode sair coleguinha com uma floresta deste tamanho o que faz aí presa e em tão má companhia?

- Eu te pego besouro eu ainda te pego.

- Calma aranha ou terá um ataque cardíaco, achou que eu viria desprevenido? tchau e até o próximo estrago, você mesma me avisou e GUERRA AVISADA NÃO MATA NINGUÉM.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 28/02/2008
Reeditado em 25/04/2009
Código do texto: T879808
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