FABULÁRIO 4 O URUBU E O GAVIAO

Floresta Negra, uma floresta onde verdejantes árvores recebem o calor do Sol sem qualquer insuficiência de fotossintese. Com vasta fauna e flora enriquecidas com límpido rio cujas águas provem de afluentes diversos em franca hamonia com a natureza deixando ver a todos que a vida por ali era abundante.

Porém, mesmo com esse ambiente de próspera condição é possível encontrar alguém descontente., Razão pela qual, em cima de um toco partido por um raio, lamentava-se o urubu.

- Tá ruço eu aqui me lascando de fome e ninguém quer morrer por agora,alías de jeito nenhum. Aquele cágado mesmo adoeceu mas isso foi há cerca de 20 anos. A preguiça ali caiu de uma altura de 10 metros e nem cosquinhas ela sentiu. aqueles dois micos da copa da embaúba, brigaram por uma macaquinha namoradeira e eu pensando que um iria dar cabo do outro, e olha eles lá naquele pé de angico numa rizaida de dar inveja a qualquer hiena. Estou fechado acho que vou para outras bandas.

Um gavião que descansava em cima de uma birosca sombreada, ouvindo o lamento do colega de penas negras o reprendeu pela forma como ele esperava seu alimento achando-o com paciência demais.

- Ora urubu, então acha que terá comida em abundância com o simples fato de esperar que algum desses animais morra? - está aí o seu erro, você deve ir atrás da caça e transforma-la em comida como eu que ainda ontem peguei dois tisius e um joão cortapau.

Seu método é diferente do meu gaviao além do mais violento. Prefiro esperar pois quem espera sempre alcança.

- Ora deixe de conversa fiada do contrário vai morrer de esperar. - Fala o gavião que Numa dessa coincidências que a natureza proporciona avista um picapau bicando um jatobá.

- Olhe ali urubu, aquele picapau será o meu almoço de hoje.

E já parte em razante vôo sobre o passaro vermelho, que vendo a vida perigando ganha os céus em disparadas e zigue zagues, tornando difícil a perseguição da ave de rapina.

- Esse gavião quer minha carçaca mas não será muito facil . - pensa o picapau, indo para um emaranhado de buritis, onde entra ventando e sai como um furacão com o gavião atras.

- vamos ver se ele tem agilidade nas asas. - resolve o picapau que vai com tudo para cima de um toco de coqueiro semi apodrecido e quando está para bater nele desvia-se num átimo deixando o gavião sem equilibrio, fazendo-o bater com o bico nele e ficando agarrado sem poder sair, enquanto o picapau desaparece por um bambuzal sem deixar vestígios.

- Eca!!! Me ferrei com essa aqui agora, nao tenho como sair, preciso que alguém me ajude. - fala gavião com a dificuldade do bico preso e as duas patas apoiadas no toco.

Instantes depois, ouve um bater de asas lento, sentindo que uma ave pousava num frondoso jacarandá ao lado do toco, reconhecendo o seu amigo o urubu.

- Urubu, meu velho, ainda bem que não foi um predador a me surpreender desse jeito vamos lá me tire daqui.

- Está brincando? por que eu te tiraria dai?

- Ora por caridade .

- Nada disso gavião, você ficará ai até morrer pois se eu te tirar dai, como poderei tirar minha barriga da miséria.

- Não acredito, você vai me deixar morrera aqui assim?

- Pode apostar nisso, vou te esperar calmamente até que morra, afinal eu não te disse? QUEM ESPERA SEMPRE ALCANÇA

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 27/02/2008
Reeditado em 25/04/2009
Código do texto: T878379
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