AH, SE MEU UMBIGO FALASSE...
AH, SE MEU UMBIGO FALASSE...
(Autor: Antonio Brás Constante)
Muitas pessoas (assim como eu) possuem dentro de si um estômago com características políticas, que sabe influenciar nossas vontades em seu próprio beneficio, fazendo com que todas as outras partes do corpo trabalham para ele.
O estômago parece saber persuadir o cérebro a procurar por comida, deixando outros setores importantes do corpo, tais como: saúde (atividades físicas), educação (leitura), e convívio social (AQUELE PEDAÇO DE PUDIM É MEU!), totalmente de lado. O cérebro fica em uma posição quase literal como testa de ferro, mantendo vistas grossas diante das orgias que ocorrem dentro do seio estomacal (próximo ao seio animal). O resultado só poderia ser uma baita M...*.
É o estômago que recebe todas as verbas (proteínas, vitaminas, sais minerais, etc), e trata de distribuí-las para os demais órgãos. Todo este poder torna-o ambicioso, querendo sempre mais e mais para si, buscando satisfazer seus caprichos a qualquer custo, mesmo que para isso tenha que deixar de lado o apelo geral do corpo a quem ele deveria servir, que suplica a cada nova refeição por alimentos mais saudáveis e nutritivos.
Toda esta dilatação centrada no aparelho digestivo favorece a fabricação do tal tecido adiposo, um dos tipos de tecido mais odiados por onze entre cada dez modelos da moda modular e massificada (porém, sempre reinventada como algo novo e atual).
Você pode achar que estou falando de outra coisa ao me referir ao estômago (e pode apostar que estou mesmo), pois mesmo a máquina administrativa estomacal, quando descontrolada, acaba se inchando cada vez mais, causando prejuízos a todo sistema corporal, individual e pessoal do ser humano. E assim seguem os estômagos sempre à frente de nossa silhueta, onde a única e heróica resistência a sua expansão (uma resistência que parece tentar voltar de onde saiu), provém do umbigo (ah, se meu umbigo falasse...), atualmente apelidado de “porta-pircing”.
Tudo isto vem causando brigas e crises de consciência no âmago de nossas próprias essências, inclusive trazendo rupturas e separatismos estomacais, através de revolucionárias técnicas que nos dias de hoje já conseguem dividir o estômago em duas partes visando recuperar o equilíbrio interno (uma espécie de divisão de poder em busca do bem comum).
Parece realmente que tudo começa pela barriga, já que é ela que vai visivelmente crescendo durante a gestação e também depois do casamento. O que me faz lembrar que nascemos de contrações em um mundo de contradições...
Em meio a todo este contexto apresentado em forma de texto, penso que talvez a frase: “conhece-te a ti mesmo” possa ter sido criada como referência ao estômago, demonstrando que se é tão difícil controlar um simples órgão interno, quem dirá então toda uma nação, onde cada vez mais sentimos náuseas diante das tantas maracutaias que saltam aos olhos da população, com seus politiqueiros de plantão que vem tentando (indigestamente) nos empurrar goela abaixo toneladas de corrupção.
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