O difícil momento de ter uma gota de suor no nariz quando as mãos estão ocupadas

... eis que eu tô firme, forte, determinado e perseverante com os halteres nas mãos no meio duma contagem de rosca direta e uma gota de suor que tava na testa resolve se aventurar explorando vagarosamente de cima a baixo o relevo sinuoso do nariz, provocando uma cócega disgramada durante o processo. >>

E aí me ocorre aquela dúvida quase shakesperiana: interrompo o exercício pra acudir a coceira ou resisto bravamente até o fim? Escolho a segunda opção e o que me resta é sorrir na frente do espelho exclamando "gratitude", "gratiluz", "gratidão", "o mundo é lindo", "Deus é mais" e uma infinidade de outras palavras e expressões as mais belas possíveis que um idioma é capaz de prover. >>

Não, zoeira... eu disse tudo isso aí ao contrário, demonizando a gotinha sacana. Mas uma das minhas virtudes é a esperança, que se fortaleceu quando os movimentos do exercício iam chegando ao fim... justamente no momento em que a gravidade, mais que irônica, sarcástica naquele momento, desprende a gota do nariz. Por que o mundo é assim?