Chão de Fábrica

Era uma manhã tranquila na fábrica “DiTodos & Companhia”, onde os funcionários sempre começavam o dia com um café fresco, pão e uma conversa jogada fora. Lá estavam Todo Mundo, Alguém, Nenhum, QualquerUm, Outro, Quem, Todos, Ninguém e até o chefe Dos Outros. Cada um tinha suas manias, mas, apesar das diferenças, a convivência fluía bem e a produção ia a todo vapor.

Certo dia, a manhã transcorria calma. O sol entrava pelas janelas da fábrica, e as máquinas operavam como se fizessem parte de uma orquestra. “Hoje o dia promete”, comentou Alguém com um sorriso. “Trabalhar com vocês é um prazer, pessoal. Todo Mundo me faz rir, como Ninguém.” Todos, que adorava uma piada, retribuiu com um sorriso. Todo Mundo se sente em paz. A rotina era pesada, mas o ambiente descontraído fazia com que o trabalho fluísse de maneira leve. Alguém sempre puxava uma lorota, e Todo Mundo participava, envolvendo QualquerUm na conversa, fazendo com que as horas passassem rápido.

No meio do dia, um estalo forte ecoou por toda a fábrica. A máquina de Alguém tinha dado pane. Imediatamente a rotina foi quebrada. Todo Mundo correu para ajudar, mas Ninguém estava por perto. O Outro, sem saber ao certo o que estava acontecendo, entrou em pânico. “Isso é uma tragédia!” gritou. “Alguém, faça alguma coisa! Vai prejudicar a produção inteira!” Alguém, sempre calmo, tentava colocar ordem no caos, mas a situação só piorava. Ninguém sabia como consertar a máquina, Todos se aproximou e o Outro não parava de falar, enquanto QualquerUm tentava coordenar o trabalho.

O chefe Dos Outros chegou para saber o que estava acontecendo. Olhou ao redor, vendo a máquina de Alguém parada, e franziu a testa. Ninguém, sempre disposto a colaborar, explicou que a máquina de Alguém tinha dado pane e que Todo Mundo estava lá tentando ajudar, mas o Outro, desesperado, estava atrapalhando. Enquanto isso, o chefe Dos Outros suspirava, observando o caos. A cena beirava o cômico, com cada um tentando contribuir à sua maneira, mas o desespero do Outro quase levava alguns dos colegas a perderem o fio da organização.

Para piorar, o patrão DiTodos chegou no meio do tumulto, exigindo saber quem era o responsável pela manutenção. “Todo Mundo estava cuidando disso?”, perguntou ele. Todo Mundo, apavorado, respondeu que era trabalho de QualquerUm, e que Alguém já tinha avisado ao chefe Dos Outros que aquela máquina precisava de reparo. Sem saber ao certo quem era o verdadeiro responsável, Todo Mundo acabou confundindo QualquerUm com Alguém e começou a culpá-lo pela demora no conserto. O caos se instaurou, e Todos e QualquerUm começaram a rir em meio à confusão.

No auge do desespero, Alguém teve uma ideia. “Pessoal, parem um pouco! Estamos juntos no mesmo barco. Vamos resolver isso, como sempre fazemos!” Ele sugeriu ao chefe Dos Outros que dividisse as tarefas: o Outro, que precisava tomar um ar, iria buscar as ferramentas; Todo Mundo procuraria o manual da máquina para QualquerUm consertá-la, enquanto Ninguém explicava ao patrão DiTodos o que estava acontecendo, e Todos ficaria responsável por organizar o espaço e garantir que nada mais saísse do controle. Após algum esforço conjunto, a máquina voltou a funcionar, e o chefe Dos Outros finalmente sorriu, aliviado, para Todos e QualquerUm.

Aliviados, os colegas trocaram olhares cúmplices. Todo Mundo voltou ao trabalho, Todos ainda ria do caos, o Outro sentiu que fazia parte de uma equipe, e Ninguém não carregava o peso da responsabilidade sozinho. No fim do dia, enquanto tomavam o último café, Alguém, bem-humorado, fez todos rirem ao dizer: “Só sei que, quando QualquerUm para de trabalhar, o trabalho fica pesado para Todo Mundo.”

No fim do expediente, Todos compartilhava algo mais profundo do que uma simples vitória sobre um problema técnico. Eles haviam descoberto que, no meio do caos, a cooperação não apenas resolve problemas, mas também fortalece laços e essa consciência era o maior triunfo deles. Nesse dia, a equipe aprendeu que, em meio ao caos, Alguém nunca estará sozinho. A cooperação transforma o ambiente, e, no fim, cada pessoa – seja Alguém, Todo Mundo, Todos, QualquerUm ou Ninguém – tem um papel essencial para o sucesso do conjunto.

Paulo Siuves
Enviado por Paulo Siuves em 25/10/2024
Reeditado em 05/11/2024
Código do texto: T8181632
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