Made in USA

Falem o que quiserem dos norte-americanos, mas o povo inteligente esse!

Conseguiram transformar sua economia na mais pujante do mundo.

Porque pensam bem diferente dos sul-americanos, por exemplo.

O alemão Max Weber (1864-1920) que era sociólogo, não economista,

tinha uma boa teoria para explicar certos fenômenos sociais.

Escreveu que o espírito do capitalismo foi impulsionado pela ética protestante.

A maioria dos americanos não é católica, como se sabe.

Enquanto aqui é “Venha a nós o Vosso Reino”, lá em cima sempre foi “Deus ajuda quem cedo madruga.”

Em Deus eles confiam, mas também sabem que tempo é dinheiro.

Outra coisa: trabalhador norte-americano nunca diz que está desempregado.

Diz que está “between jobs”, ou seja, entre empregos.

Entre o que perdeu ou do qual se demitiu e o próximo que espera encontrar ou está buscando.

Aproveitando o tema, por aqui temos aquela antiga anedota do tempo da ditadura militar.

O marechal Costa e Silva estava estudando inglês.

Alguém bateu na porta do gabinete onde ele despachava brasileiros para a prisão ou a morte.

Para demonstrar que sabia a língua do Tio Sam, em vez de dizer “Come in!” gritou: “Between!”.

É claro que o outro estúpido entendeu que era para entrar e entrou.

Daí que também se passou a dizer na época que “enquanto os EUA vão de Lyndon Johnson e pra frente, o Brasil vai de costa e silva”.

Agora tem outro Silva silvando por aí.

Não é militar nem estuda inglês.

Não precisa, porque sua mulher fala por ele (não apenas inglês).

Pela pronúncia parece que descobriram onde ela estudou.

Dizem que foi na afamada escolinha do professor Joel Santana...