BOCA DE URNA (São Paulo: a verdade)
Mentem para você, eleitor,
Sobre a URNA de votação.
Um instituto foi quem inventou
Toda essa baita enrolação.
A URNA não tem língua nem boca,
Se tivesse, teria também hálito.
A URNA não tem miolo, é só oca.
É feita de inteligência... mas sem hábito.
Quem enxerga boca na geringonça
Trabalha no Datafolha ou no Atlas,
Pessoa nada Genial, apenas sonsa
E não é certeira como atirador de facas.
Não responde pesquisa uma URNA sem boca,
Ninguém fotografou ELA sorrindo.
Falta um parafuso, ou sua porca está frouxa,
De quem acredita no instituto mentindo.
A pessoa hoje vai votar
Por ser na lei obrigada.
Mas não precisa acreditar
Em “boca de urna” desdentada.
:::::::::::::::::
Da coleção zezediozoniana: “Saindo de casa na marra”