VINTE E SETE
(sócrates Di Lima)
Vinte e sete
É sorte ou azar
nao é jogo do bicho
Nem do tipo Bet
Mas acertei no par!
Passou a ser amuleto,
seu significado, a despeito,
guardo com capricho.
Vinte e sete
O número da porta
de um quarto de motel
que ao destino compete
Na ida e volta
deixar o prazer marcado
numa folha de papel
No poema recitado.
E naquele quarto
Onde as luas se concetram
os corpos numa banheira
doce relato
E os prazeres se prostram
numa sensaçãode prazer inteira.
O amor e a magia
Na doçura do encontro lindo
Nao apenas o sexo fruto do amor
Mas o amor fruto do sexo
num desejo infindo
sem sofrência, sem dor
o côncavo e convexo.
Vai-se o tempo na longitude
num caminho sem volta
por conta da minha atitude
fechou-se a porta
mas ficou na chave
como o destino promete
Pendurado o vinte e sete.