Modernismo e chocolate

Na Escola do Saber, o dia era de prova,

O silêncio tomou conta, o nervosismo comprova.

Professor Nilo entrou, com olhar muito severo,

Vestindo um terno escuro, impôs-se bem sincero.

 

As alunas caladas, em total expectativa,

Sem canetas na mesa, a prova seria viva.

“Quem errar vai levar!”, o professor anunciou,

E com perguntas difíceis, a sala desafiou.

 

Ana pensou rápido, mas errou por um triz,

"Lambreta", ela disse, e o professor nem ouvir quiz.

“Não é lambreta, é lâmpada, minha querida!

Edison a inventou, não seja distraída!”

 

A tensão aumentava, e Laura arriscou:

"Macarrão!", ela disse, e o mestre se irritou.

"Não se come números com molho ou queijo,

Matemática é o nome, correto e verdadeiro!"

 

O tempo passava, a prova se seguia,

Até que uma luz na resposta emergia.

"Modernismo!", disse Ana, com muita convicção,

E o professor suspirou, sentindo redenção.

 

Mas o que será aquele barulho na porta?

A professora Graça entrou , com um sorriso à solta!

Ela trazia um bolo, surpresa no ar,

Transformando a tensão em puro festejar.

 

Nilo riu nervoso, mas logo relaxou,

Viu que tudo era uma fanfarra que a aula apresentou.

Assim, o dia difícil virou uma linda celebração,

Mostrando que até nas provas, há espaço pro coração.

 

 

Antonio Souto
Enviado por Antonio Souto em 17/09/2024
Reeditado em 17/09/2024
Código do texto: T8153610
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