O pato do dia

Ou, o prato do dia. Mas vamos lá:

O chef de um famoso restaurante de Paris encontrava-se perdido na Amazônia.

Buscava folhas e raízes para incrementar suas receitas quando voltasse à capital francesa.

Para seu azar, perdera-se na floresta e fora capturado por uma tribo de índios antropófagos.

Levado à presença do chefão, o chef não entendia o que se passava.

Chef: Por que o senhor está querendo morder o meu braço?

Indio: Porque eu sou canibal e vou lhe comer inteirinho.

C: Pela boca?

I: É, inicialmente, sim.

C: Mas, eu não fiz nada para o senhor.

I: Por isso mesmo.

C: Por isso mesmo, como assim? Faça a gentileza de explicar.

I: Você não me fez nada, quando poderia ter feito um canard à l'orange, por exemplo, e daí permaneceria vivo.

C: Pato com laranja? O senhor fala francês, certo?

I: Errado: só como francês.

C: Ah, tudo bem, então. Só mesmo Jean-Jacques Rousseau para acreditar que existiria o bom selvagem.

I: Culto, educado e gostoso: somente um francês mesmo!

C: Merci, monsieur.