O MEU PÉ DE LARANJA EM RIMA (poesia de arrepiar)
Lá na serra tem laranjeiras,
Ouve-se um canto de assovio lá.
Será uma árvore agoureira?
Ou é o “cão” a nos chamar?
Eu olho, o céu... de lá... é sem estrelas,
Eu olho... e na várzea não há flores.
Eu olho... e nos bosques não há vida,
Ou, se há vida, não há cores.
Quem pise lá cedinho da noite,
A fim de um prazer na moita lá,
Nessa serra das laranjeiras
Com o assovio se assombrará.
Sim, é uma serra de horrores!
E há quem marque encontro lá.
E se marca um namorinho à noite...
O tal prazer não encontrará.
Lá na serra tem laranjeiras,
Ouve-se um canto de assovio lá.
Quem insiste, Deus o socorra!
Quer ver morte? Volte lá!
Há quem descuide dos horrores!
Amantes se encontram lá,
Até que se aviste as laranjeiras
E o tal “cão” a lhes chamar.
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Da coleção zezediozoniana: “Poesias de terror que não dão medo”