Viciou-se em vermífugos
Ana Laura era entomofóbica, tinha medo e aversão a vermes, por causas desconhecidas, um tipo delírio de infestação parasitária!
Passou a tomar vermífugos (medicamentos para prevenir e combater os vermes) mas não adiantava. Tinha sensações de coceira, que algo estava rastejando e irritando e na tentativa de se livrar dessas sensações se arranhava, beliscava, ou mutilava causando, desta forma, feridas ou lesões. Ela levou ao médico amostras de cabelo, pele e detritos, como cascas de feridas secas, poeira e fiapos de tecido para provar que a infestação era real, mas se recusava a buscar ajuda psiquiátrica, bem como medo que os vermes saíssem inteiros.
Tal como na Metamorfose de (Franz) Kafka, acordou metamorfoseada num gigantesco frasco de vermífugo (barata), já que sua vida era cansativa, sem prazer. Alguém que servia aos outros mas que não se sentia amada, não se sentia feliz e não sentia prazer em sua vida, como seus vermífugos. Ela teria essa capacidade de se transformar em outra coisa?