“Pai, lá o professor só fala de política”
— “Oi, filha, que bom que você me esperou. É que hoje foi dia de colher os legumes. Se eu soubesse que tinha chegado, poderia ter vindo buscar você na charrete. Mas, diga aí: como vão as coisas no curso de Agronomia? Vamos ter mesmo uma engenheira na família? ”
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Mailanne não perdeu tempo e foi respondendo diretamente com o assunto que preenchia sua cabeça de preocupações:
— “Pai, lá na universidade pública tem um professor que só fala de política. E o pior é que os alunos, na maioria, já estão viciados nisso. E nem mesmo querem aprender o conhecimento básico do curso de Agronomia. ”
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O pai, Sr. Plácido Raizal, franziu a testa e perguntou:
— “Pôxa, filha, que tristeza! Mas esse professor e os alunos não fecham a boca um minuto sequer? ”
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Mailanne, com fisionomia ainda bem triste, mais uma vez foi direta:
— “Fecham a boca somente no momento de sugarem, tragando o cigarro de maconha que o professor oferece. ”
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Plácido Raizal, que sempre foi também muito franco com a filha, arrazoou (com a razão):
— “Então, minha filha, você considera que esse curso é fraco para uma boa formação? ”
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A filha:
— “Sim, pai. É um curso tóxico em uma universidade tóxica. ”
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Plácido Raizal, foi objetivo no conselho:
— “Se é... sai, Mailanne...!”
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Da coleção zezediozoniana: “Assista a série policial americana: “CSI – Miami” (pronuncia-se assim: ‘se é sai maiâmi’)”