Piadas para rachar o bico volume 3

Breve Explicação

Caros leitores, aqui o trabalho do escritor foi o de selecionar e adaptar algumas anedotas populares, transmitidas por meio da oralidade, para o formato textual.

Esclareço que alguns pequenos fatos estão naturalmente sujeitos a variações, contudo, nada que venha a comprometer o desfecho cômico, e por vezes irônico, das narrativas. Boa diversão!

Nunca leve o humor a sério.

O que a diarreia falou para o peido?

“Vá buzinando na frente que eu tô sem freio”.

Qual a diferença da mulher e do ovo?

O ovo coloca o pinto para fora.

O que nasce do cruzamento dum papagaio com uma girafa?

Um alto-falante.

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Na sala da coordenadora o aluno dispara:

— Gostaria de fazer uma queixa contra a dona Paula, minha professora de Educação Artística. Ela trata todos os meus colegas com carinho, o Rodrigo ela chama de Rô, a Fernanda de Fê, o Renato de Rê, mas comigo dona Paula não demonstra o mínimo carinho ao me chamar.

A coordenadora escolar dá uma rápida passada de olhos sobre a ficha do aluno posta em sua mesa e depois de um discreto sorriso, ordena:

— Volte para a sua sala, Custódio.

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Como você gostaria de morrer, já pensou nisso? Por exemplo, tenho um amigo que gostaria de bater as botas ouvindo suas músicas favoritas.

Eu queria morrer como o meu avô, dormindo e tranquilo, e não como os 40 passageiros que gritavam desesperados no ônibus que ele dirigia.

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Às 2h da madrugada um homem liga transtornado para seu advogado:

— O senhor precisa me ajudar, doutor. Envolvi-me numa briga aqui no bar e acabei tirando a vida de um homem.

— Ah! Fique calmo, deixe-me pensar… Estão dizendo que você matou um sujeito no bar, porém, acontece que as testemunhas do crime não são nada confiáveis, porque estavam todas bêbadas no momento do incidente.

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— Bom dia, senhora! Como pode verificar no meu crachá, sou recenseador do IBGE, a senhora teria alguns minutos para responder o nosso questionário? A mulher ao portão ainda jovem, devorando uma maçã vermelha e tentadora, falou sem cerimônia:

— Ah, só se for coisa rápida, estou com o feijão no fogo.

— Será rápido, prometo. Nome completo.

— Eva Maria Gonçalves

— Muito bem, dona Eva, quantas pessoas vivem nesta casa?

— Aqui moram eu, o Adão, meu marido e os meus dois meninos, Caim e Abel. Espantado o pesquisador comentou:

— Não acredito, a senhora é a dona Eva, casada com o Adão, mãe de Caim e Abel, moradora do bairro Jardim Éden e está comendo uma maçã! Só falta agora a senhora dizer que vocês têm uma serpente de estimação.

— Ih, rapaz, serpente a gente não tem não, mas a cascavel veio nos visitar hoje. Quer que eu chame minha sogra?

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— Boa noite, tudo bem com o senhor? Eu me chamo Rosicleide e sou a responsável por avaliar as solicitações dos artistas que desejam encenar peças ou apresentar shows em nosso teatro municipal. Infelizmente a sua solicitação foi indeferida.

— Mas por quê? — indagou o comediante indignado — O meu show de anedotas costuma lotar as salas de teatro por onde passa.

— Li todas as anedotas que o senhor costuma contar no seu show e são todas ofensivas. Explico: piada de português, japonês, alemão, chinês etc. é xenofobia. A dos dois negões mecânicos é puro racismo. Piada de loura burra e de mulheres em geral é preconceito, sexismo ou misoginia. Por fim, piada de bichinha é homofobia, e de obesos é gordofobia. Também não posso aceitar que o senhor faça troça das pessoas de baixa estatura e dos povos indígenas.

— E a anedota dos lutadores de MMA, por que você vetou, Rosicleide?

— Lutadores de artes marciais aplicam golpes e aqui não compactuamos com atos golpistas.

— Ora, fique sabendo que isto se chama censura prévia, além de uma tremenda imbecilidade — esbravejou o homem.

— Calma, senhor, o cala boca já morreu. Nós só queremos garantir que ninguém da plateia se sinta ofendido. Vencido pelo cansaço o comediante perguntou:

— Diga-me, Rosicleide, há alguma piada que eu pudesse contar sem ser censurado?

— Bem, eu poderia aceitar uma anedota de bolsonaristas se dando mal.

— Pois escute esta: por que um bolsonarista nunca deixa o inquérito das Fake News?

— Ah, essa é fácil. É porque ele vive postando notícias falsas sobre o Governo e o STF e não para de disseminar o discurso de ódio nas redes sociais. Acertei?

— Não, Rosicleide. Um bolsonarista nunca deixará o inquérito das Fake News porque ele segue um mito.

— Ah, que merda!

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A professora do 4º ano pergunta ao Joãozinho o que ele gostaria de ser quando crescer. O pestinha responde sem rodeios:

— Eu serei muito rico, fessora. Aí arrumarei uma quenga e vou enchê-la de presentes: roupas caras, joias e viagens. Daí lhe darei um belo carro, bem espaçoso, pra gente poder aproveitar. A senhora entendeu, né?

— Tá certo, seu taradinho! E você, Ritinha, o que quer ser quando crescer?

— A quenga do Joãozinho, fessora.

Gostou? Confira também os volumes 1 e 2 de Piadas para rachar o bico.