CAUSOS ENGRAÇADOS -MARIA FUMAÇA-SEU ZÉ E DONA SEBASTIANINHA!

O sol aparecia matreiro por entre as montanhas e por entre elas a Maria Fumaça, sob a estrada de ferro,ziguezagueava como se brincassem por entre as mesmas.Hora subia hora descia abruptamente e a Maria fumaça chispava pelos trilhos.Ia garbosa e soltando fumaças pelas ventas dando o ar de sua graça com o seu apito estridente e constante.Quando se mostrava um pouco cansada e ofegante o maquinista metia-lhe um punhado de lenha pelas ventas que a reanimava e por conseguinte saia bufante.O reflexo desta manifestação se via pelas labaredas e fumaças que saiam pela sua chaminé,que se esvaia com a brisa pelos corredores das montanhas.

Sentado em um banco duro de madeira de um dos vagões,,la ia Seu Zé.Matuto da região que resolveu ir a cidade grande para vender uns pés de mandioca que plantava em sua rocinha.- É pra juntar uns troquinho pra compra e levá uns trem pra casa.Assim dizia o seu Zé.

La pelas tantas apareceu um senhor de boné,o qual era denominado chefe de trem,era o dito cujo que picotava as passagens dos usuários que viajavam no trem naquele momento percorrendo todos os corredores,inclusive o de seu Zé e de Dona Sebastiana que estava ao lado de Seu Zé.

Dona Sebastiana não havia falado dela,mas agora eu o faço com muito orgulho e soberba!

Sebastianinha nome dado pelos seus íntimos,o que aliás,não tinha nada haver com o diminutivo,pois a mulher pesava de uns noventa a cento e poucos quilos.Por tudo isto ocupou o espaço de dois lugares.

Trazia na mão direita um pacote de geleia de pé de boi,o que dava uma sustança danada e que por ventura foi feita no seu próprio sitio e na mão esquerda, um litro de leite proveniente de sua vaquinha Baronesa, mãe de quatro bezerrinhas desmamadas.Respirava ofegante devido o acumulo de sua gordura sobre o ventre e que padecia com todo aquele peso sobre se.Vez ou outra ela se mexia para acomodar nas suas entranhas a geleia devorada e o leite deglutido, que por conseguinte, formaria uma combustão os quais em um momento ela não conseguiu prende-lo e foi intimada a solta-los em pleno vagão.Foi uma carnificina total.O maior perigo seria o triscar de um fósforo naquele momento, porque os gases soltados por Dona Sebastianinha, inundava o ambiente,propicio a uma explosão o que seria uma catástrofe.Mas todos que estavam ali perto no momento se limitaram a abandonar o navio,aliás,o vagão.

Seu Zé,parecendo não se ter dado pela coisa,se limitou a cortar o seu fuminho colocando-o em um canto da boca e vez em quando dava uma cusparada em um canto do vagão.

- Esta estrada ta cheia de vaca morta Dona Sebastianinha!

Foi a única coisa que Seu Zé pronunciou após sentir aquele cheiro horrível.

Já se passara mais de uma hora quando o homem de terno preto e de boné se aproxima de Seu Zé e o indaga

-Seu moço cadê a passagem pra eu picotar?

-Que trem é esse sô? responde Seu Zé!

-A passagem que o senhor comprou para embarcar!

-Não sei desse troço não sinhô!

O guarda lhe revida

-Meu senhor,um papel amarelinho e quadradinho.

-Haaaaaaaaa,um papelinho amarelinho?! Eu pitei ele lá atrais!

Assim a Maria fumaça ia traçando as estradas ate que se chegou a noite.

Todos praticamente dormiam em seus lugares,inclusive Seu Zé que dormia de boca aberta e com o pito caído no canto da boca quase lhe queimando os beiços.

Dona Sebastiana,ou Sebastianinha como queiram não roncava,ela rugia. O qual fez com que todos saíssem do vagão ficando somente o Seu Zé e a própria dita cuja, que não somente roncava como também soltava as suas flatulências por todo o vagão.

Seu Zé parecia em não se importar muito devido o seus costumes com a lida e com o cheiro de seus porcos no sitio.

O resultante disto tudo é que naquele momento Dona Sebastianinha havia ingerido meia dúzia de banana da terra,uma lata de farofa de galinha,uma capanga de biscoito de goma,meio litro de doce de leite e o resto da geleia de mocotó.

Mas de repente foi a gota d`água que faltava para entornar o caldo.

Dona Sebastiana que havia acumulado por horas e horas em seu interior intestinal uma avalanche de gases,resolveu solta-los todos de uma só vez no interior do vagão.Justamente no momento em que Seu

Zé pegava a sua binga para reacender os restos mortais de seu cigarrinho,do qual foi feito em acender o seu cigarro.

Até hoje não se sabe do ocorrido,somente uma explosão. Comentam se muito pra quelas bandas sobre ama explosão de um vagão e do desaparecimento de uma senhora de nome Dona Sebastianinha,e de um senhor de nome Seu Zé.Também de um teto de vagão que foi encontrado a dez quilômetros do ocorrido.

Mentira?

Se eu tô contano é por que eu tava lá uai!