A mão que afaga
Já em 1759, o pensador e economista escocês Adam Smith (1723-1790), considerado o pai do capitalismo, introduziu o conceito de “mão invisível” na economia, que segundo ele regularia o mercado (oferta x procura) sem a necessidade de intervenção do Estado.
Essa metáfora se deu muito bem no Brasil sobrevivendo no meio político até hoje, só que com outra roupagem, ou luvas (já que falamos de mãos). Então temos aqui não exatamente a mão invisível da economia, mas a mão invisível da roubança e da gastança dos parlamentares, traduzidas no famoso orçamento secreto, nas emendas secretas piores do que os sonetos. nos desvios descarados de dinheiro público etc.
Daí que nossos políticos, especialmente os do baixo clero, vivem negando, mas de fato têm três mãos, uma delas invisível. Usam uma mão para afagar seus eleitores, cumprimentá-los, também seus colegas de sacerdócio, quer dizer, de profissão. Outra mão usam para acenar para os primeiros e quem mais encontram por aí nas carreatas, motociatas, jegueatas etc.
A terceira mão, muitas vezes invisível ou escondida, usam para rapidamente guardar as propinas nos bolsos. Ou nas meias e cuecas, depende, e até mesmo no rego fundo, como já ocorreu uma vez.
Portanto, eleitores com práticas diárias de higiene jamais deveriam dar a mão a políticos como esses. Melhor ainda fariam se jamais dessem seu voto a eles.
Coisa quase impossível de se ver neste país, cheio de gente com "mãos bobas"...