Ensino à distância
Conversam remotamente professor de Direito e aluno de curso à distância:
Aluno: Professor, o senhor me deu nota zero na dissertação!
Professor: Claro, João, isso não existe, essa tal de “decisão monocromática” de que você fala. Você quis dizer decisão monocrática, não foi? Que é uma decisão proferida por um único magistrado de qualquer instância ou tribunal, conforme informa o Google e fazem os amigos dos amigos dos amigos lá no Supremo Tribunal da Farofa para beneficiá-los.
Estudante: Certo, professor, sei o que os ministros lagosteiros e farofeiros fazem em prol da bandidagem e isso me dá vergonha de ser honesto, conforme falou o grande Ruy Castro de tanto ver triunfar as nulidades já no seu tempo. No entanto, eu estava me referindo à decisão que a Barbie tomou de só usar rosa, uma única cor. Daí "decisão monocromática", entende?
Professor: Ah, foi isso que você quis dizer? Só de ver o título de sua dissertação desisti de ler e dei nota zero. Outra coisa: quem falou sobre nulidade e honestidade foi Ruy Barbosa, não Ruy Castro.
Aluno: Desculpe, professor, eu me confundi com o meu próprio sobrenome, Castro. E, sim, foi sobre a decisão da Barbie de somente usar a cor rosa que eu fiz o trabalho, onde defendi o direito dela se vestir como quisesse.
Professor: Ah, muito bem! Sendo assim, vou mudar sua nota para 7,0, então. Tá bom, João?
Aluno: Tá muito bom, professor: era o que eu esperava do senhor!
Moral da rima: Nenhuma, mas pode ser que esse diálogo não difira muito de uma conversa real entre quem ensina e quem estuda à distância no Brasil. Aprende-se mais ouvindo a canção À Distância, de Roberto e Erasmo Carlos, mestres da nossa música.