(continuação)... O XANGÔ DE LETRAS-STREET

Foi receitado um certo “banho” para o escritor que teve o texto surrupiado por causa de uma simples suspeita de que ele trabalhasse para as trevas.

As sensitivas também generosamente receitaram que ele praticasse o bem, indicando-lhe a tarefa redentora de que ele adotasse um gato de rua. Orientaram isso como sendo um teste para detecção de energia carregada, porque aí ele teria de praticar vários “descarregos”.

Explicaram para ele que o gato é um vigilante das energias negativas. Então, o que se tinha a fazer era vigiar o comportamento do gato.

Se o gato fugisse, então “o infeliz”* (*expressão técnica) que o adotou ainda teria jeito. Bastariam algumas rezas e praticar o perdão. A pessoa não poderia sair odiando todo mundo, mas poderia continuar odiando o Bolsonaro (porque os espíritos redentores sabem que a perfeição não se alcança nesta vida terrestre).

Se o gato mordesse ou arranhasse “o infeliz”, ele teria que esperar para ver se o gato adoecia. E se fosse esse o caso, ambos (humano e animal) teriam que ser tratados em noites de lua cheia.

Se o gato ficasse sempre bem, “o infeliz” não estaria “carregado”. E neste caso poderia receber um laudo espiritual para ser apresentado ao Recanto das Letras.

A regra diz que, diante desse referido laudo, o Recanto das Letras procuraria o setor de relacionamentos da Encruzilhada das Letras. Mas isso não isenta o escritor de pagar uma multa, que pode ser dispensada se o escritor já tiver aparecido no topo (primeiro lugar) de alguma lista dos Batutas do Recanto. Quanto a isso, nem adianta tentar alguma propina porque o Senhor da Batutagem parece ser honesto nesse pormenor.

Neste ponto, tenho que parar... porque parece que neste momento está acontecendo outro ARRANCA-RABO entre o nosso personagem e seu desafeto nas escrivaninhas de um e de outro.

Para não me contaminar, vou começar por alisar um lindo gatinho que costumeiramente aparece nas portas aqui da vizinhança.

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------------- N¨Ã¨O c¨o¨n¨t¨i¨n¨u¨a ---------------

Da coleção zezediozoniana: “Não vi... não sei de nada.”