Negócio bão...

Essa me foi enviada por meu amigo, conterrêneo e cumpadi Lucas Durand, – Caboclo dus Bão, lá das bandas de Berzonti.

Um sujeito paulista, pião di fazenda tava individado nos butecos da vida e os cobradores

em cima dele. Pensou em vendê seu único bem, seu cavalo preto, machadô e bão na lida na fazenda que todos tinham conhecimento.

Foi na cidade e vendeu o animar por 200 real. Tava apertado mêmo...

Notro dia o compradô, um minêro, foi buscá o cavalo, mas pela manhã o cavalo pareceu morto no currar.

Brigaram, discutiram mas o dinhero já havia sido gasto, não houve remédio.

Memo anssim o minêro arastô o animar dizendo qui nem morto o cavalo ia ficá ali.

Dias depois os dois si incontraro na porta da igreja.

O mineiro tava todo alegre. O paulista ressabiado cumprimentô o minêro:

- Você num tá com raiva de mim não, minero?!!!

- Capáis mêmo. De jeito maneira... Respondeu ele.

- O Que você fez com aquele cavalo morto?

- Eu rifei ele, fiz mil rifas a 10,00 real cada uma. Vindi tudo!

- Ninguém reclamou do cavalo morto não?

- Só o qui ganhô a rifa. Quasi me mato de tanta reiva!!!

- E o que você fez, rapaz?!!!

- Ora, intão eu divorvi o dinhêro prêle, uai!!!