A Morte e o Vigarista
A foice da morte foi roubada
Justamente por um gato
Que com medo se escondeu
E pediu ajuda ao padre.
O padre lhe perguntou:
Meu filho o que você fez?
Eu roubei a foice da morte
Para impedir que ela mate
As pessoas desse lugar.
Filho isso é muito grave!
Mas vou lhe parabenizar
Pelo menos por algum tempo
Ela fica sem matar.
O que eu faço com essa foice
Posso trazê-la pra cá?
Nem pensar nessa hipótese
Você tem que se virar.
Leve-a para o cemitério
Lá ela não vai procurar
Só existe gente morta
Que ela acabou de matar
Ela gosta de gente viva
Os mortos ela deixa pra lá.
O larapio gostou da ideia
E foi a foice buscar
A arma cruel da morte
Para esconder em algum lugar.
Quando estava procurando
De súbito a morte surgiu
E disse pro delinquente
Sabe quem eu ia levar?
O larapio disse quem?
Seu amigo Josefa
Mas como você me roubou
Vai você em seu lugar.
Que homem há, que viva, e não veja a morte? Livrará ele a sua alma do poder da sepultura?
Sl 89:48