Psicose

Era uma vez um sujeito tão hospitaleiro que em todas as menções a essa sua característica alguém invariavelmente se lembrava de que o correspondente americano dele só poderia ser Norman Bates.

Diferentemente deste, no entanto, não mantinha um motel na beira da estrada para caçar suas vítimas nem se vestia com as velhas roupas da velha mãe morta, que de vez em quando incorporava.

Hospitaleiro ele era e recebia em seu apartamento funcional em Brasília mesmo: em dólares, euros, libras, dinares, francos suíços etc.