“SiNhOZinHo MALTe” (UM CASO POLICIAL DE ANONIMATO)

Com a bexiga cheia de cerveja, ele caiu na calçada, isso acontecendo quando tinha em mãos a chave de seu carro, que ele mirava direto para um carrinho de cachorro-quente parado próximo ao meio fio da calçada.

Estava ainda tentando se levantar, quando o xixi jorrou entre as pernas lembrando um chafariz.

Um cachorro aproximou-se e, demonstrando companheirismo, urinou nele.

Segurou-se naquele cão desconhecido, tentando se apoiar para ficar de pé.

O cachorro escapuliu, resultando disso que o bebum caiu de cara, enfiando a cabeça numa lixeira.

Ao conseguir tirar o rosto de dentro daquele enorme “bocão” do objeto, começou a gritar:

— “Milagre! Milagre! Fui engolido por um enorme cachorro... e o coitado me vomitou. Eu sou mesmo um osso duro de roer. Eu sou o Chuck Norris brasileiro...!!!”.

Enquanto estava aos berros, um desocupado passou rápido e se ocupou de levar a sua carteira.

A polícia chegou em uma viatura e abordou o indivíduo, que já estava pronto para ser enquadrado por perturbação da ordem pública.

Um dos fardados foi logo bradando a frase clássica:

— “Documento!!!”

O bebum apalpou-se, procurando pela carteira que só então percebeu não ter mais. E foi aí que passou a mão casualmente em um bolso da camisa. Havia um cartão ali esquecido... e ele foi logo imaginando que se acaso o mostrasse aos policiais estaria dando uma espécie de “carteirada”.

— “Afastem-se! Eu também faço parte de uma tropa de elite, onde eu ajudo a combater os vícios e costumes errados da sociedade”.

Os homens fardados geralmente não reagem bem a qualquer tipo de “carteirada”, e ainda mais quando isso vem da parte de um sujeito embriagado.

E, mesmo assim, um deles pegou o cartão e passou ligeiramente os olhos no conteúdo. Mas, não se achou ali o nome ou qualquer identificação do bebum que mal conseguia se colocar sobre os pés, ali na frente deles.

Apenas estava escrito em destaque o nome de um conhecido grupo, e com endereço acompanhando em sequência.

O policial, já refeito e satisfeito, leu em voz alta para os companheiros:

— “Alcoólicos Anônimos”

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Da coleção zezediozoniana: “Bom de xixi, melhor ainda de xadrez”