A Véa Rota

A “Véa Rota”

A "Véa Rota" era bem diferente da "Véa do Fogo”. A Rota bebia uma cachaça amuada e ficava de fogo, a outra não precisava beber para parecer estar de fogo. Uma era limpa de boca e vestes, a outra, suja de tudo e por isso, Rota.

Montada no dragão de São Jorge, a Rota lançava baforadas de palavrões ardentes. Porém, um paradoxo comportamental, certo dia, deixou estupefatos os transeuntes. A Velha Rota ajoelhou-se diante da cruz na Rua do Cruzeiro, e orava a Deus:

- Ô meu Deus, tanta palavra “fêa” que eu sabia e não me lembro mais de nem uma.

- Ta rezando “Véa Rota”. Disse um pedestre que passava.

- Rota é a "buceta" de sua mãe “fidum-a-égua.