O gato explosivo.
Tempo de moleque, muitas artes praticadas, se tivessem troféus para cada arte que já fiz com certeza minha sala não caberiam todos eles. Essa que vou contar aconteceu nos anos 80 quando eu tinha 15 anos.
Eu estava com meus amigos brincando no fundo do quintal , quando passou na nossa frente o Bichano (nome do gato de nossa vizinha mais chata), o bichano era o gato da Dona Tereza, essa tal de Tereza era muito brava e quando nossas bolas caiam em seu quintal na mesma hora ela já destruía nunca nos devolviam nem se pedíssemos de joelhos.
Naquele dia tive uma idéia para vingar dela, e resolvi usar o coitado do Bichano, eu me arrependo até hoje, pois o Bichano era muito mancinho com a gente, mas, moleque é moleque né?
Peguei um barbante comprido e amarrei nele mais de 20 bombinhas, amarrando a ponta do barbante no rabo do Bichano, só não contava que quando ascendesse o pavio, o Bichano correria justamente dentro da casa da dona dele, e cada bomba que explodia ele pulava alto e quebrava alguma coisa, e nessa ele quebrou na cozinha 04 pratos , 03 xícaras e 05 copos , na sala ele derrubou o ventilador e quando foi pular a janela do quarto da Tereza ele quebrou o abajur , esses números foi a própria Tereza que passou para o meu pai .
O meu pai cobriu os prejuízos, e eu paguei recebendo cintadas xingos e um mês de castigo sem poder brincar com ninguém.
O mais triste da história é que o Bichano sumiu e nunca mais voltou, saiu tudo errado, quando me lembro não acho nada engraçado e fico aborrecido pelo Bichano.
Nunca mais soltei bombinhas, nem em rabos de gatos nem ao solo.
Um abraço a todos.
Luiz Antonio Ramos.