O “intelectual” de esquerda
O “intelectual” de esquerda acredita que o mundo é deficiente em sabedoria e justiça e que a falha reside não na natureza humana, mas nos sistemas de poder estabelecidos. Dessa forma, alterando-se esses sistemas, conserta-se o mundo.
(Tinha que ser assim porque é complicado mudar a natureza humana, mas os sistemas, com a “sabedoria” que lhe é inerente, pode ser mudado com algum esforço.).
O sistema provocou a divisão das pessoas em duas categorias, os “opressores” e os “oprimidos”. O “intelectual” de esquerda é uma categoria à parte. Ele não é opressor porque é justo e nem oprimido porque é sábio. Ele é o anjo da guarda dos “oprimidos”.
Mas aqui surge um detalhe no mínimo interessante. Do ponto de vista estritamente econômico, a atividade intelectual é parasitária. O intelectual não assenta tijolos nem confecciona mesas e cadeiras.
Dessa forma, financeiramente ele é sustentado pelos “opressores”, pelos “oprimidos” ou pelos dois?
Se pelos “opressores” ele é traidor da confiança destes, porque “latem para a mão que os sustenta” e trai também os “oprimidos” porque “comem sua carne enquanto os afagam”.
Além disso, todos os bens materiais que o intelectual possui ou utiliza, foram produzidos pelos “oprimidos”, porque os “opressores” não passam de exploradores da mão de obra oprimida.
Sendo assim, do ponto de vista filosófico, o “intelectual” de esquerda é um grande FDP.
* O termo “intelectual” foi colocado entre aspas porque engloba tantos os intelectuais de fato como os pseudos, que adquiriram sua “intelectualidade” ao receberem um diploma universitário na área de “Humanas”, assistindo a TV 247 ou frequentando reuniões de partidos políticos e sindicatos.