Estranha Visita
3 – Poesia Minimalista
Visita estranha
Amélia Luz
Alguém bate...
Quem é? Quem será?
O tempo ou o vento?
As chinelas pesadas
Caminham lentas
Pelas tábuas do chão
Da sala de visitas.
Range a velha chave
Na enferrujada fechadura.
Quem entra?
Surpresa?
Meia noite bate sonora
No carrilhão da matriz.
Sexta-feira treze
Expõe o calendário.
Alma penada? Assombração?
Cai dura a velha criada!
Susto ou medo, “causa mortis”.