O CHILENO E O MOLHO DE CHAVES
Maluenda chegou ao boteco do Bueno por volta das 10h30min. A intenção era tomar umas cervejas e ir para casa, mais a conversa estava boa e chega um e chega outro e já passava das 16h00min. Quando pediu a conta, pagou, despediu-se de todos e já estava próxima a porta, quando de repente encontra um molho de chaves no chão, agachou-se (com certa dificuldade é bem verdade, efeitos colaterais das cervejas) apanhou e voltou até o balcão e disse: Ai Bueno alguém perdeu um molho de chaves! Ah, sim, tudo bem, vou guardar aqui dentro, que a pouco aparece algum otário procurando-a.
Maluenda montou na sua motoca, uma XL-250 1982 toda original e queimou o chão! Mora do outro lado da cidade, uns 40 minutos, esse é o tempo que ele faz quando ta chumbado (disse que bate o espírito do Juca bala nele). Chegando em frente ao seu portão, mete a mão em um bolso, revista o outro, tira a jaqueta vira do avesso, olha dentro do capacete, vira a motoquinha de roda para o ar e nada! Então com ambas as mãos na cabeça, conclui:
Oh! Não, o molho de chaves era meu.
Dizem que português é atrapalhado, não entendo, Maluenda é um chileno, amigo. E não pense que este foi um caso isolado, não, este é só o primeiro de muitos que estarei futuramente relatando aqui.