Futuro do pretérito

Daqui a alguns anos, em 2033, pra (não) ser exatamente exato...

“Filho, que gemeção é essa aí no banheiro? Faz algum tempo que você está trancado aí, não?”

Eu? Gemeção, que nada, mãe!

“Sua mãe não é nenhum gênio, mas ao menos não é surda! Por acaso você não está fazendo “arminha”, melhor, está usando sua “arminha” pra se divertir? É pecado, filho, e além disso, depois pode nascer cabelo em suas mãos, sabia?”

Ah, não é nada disso mãe, tá louca? Não estou fazendo “arminha”, estou fazendo o “L”. Está difícil sair, estou fazendo força, daí que pareceu gemeção, mas não é não. É esforço mesmo.

“Sei... Tá bom, Jair Inácio, vou considerar sua narrativa mesmo sabendo que você é um mentiroso contumaz como aqueles dois que só vendo, no que puxou ao bêbado do seu pai, que 10 anos atrás exigiu colocar esses dois nomes horrorosos em você. Pelo menos quando acabar lave bem as mãos, viu?”

Taokey, mãe. Mas me diga o que significa contumaz enquanto tento finalizar minha narrativa... Ui!

"Marginal!"