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Quer apostar que não se aposta em tudo?
Não viva apostando em tudo,
nem brincando à crédito nem à vista,
nem aposte no azar - que é realista -,
pois quem muito ri ou é pessimista
acaba sempre o último da lista.
Não busque j[o]{ul}gar com o destino,
mas brinque durante seu destino,
pois quem muito arrisca na roda da fortuna
gira demais o pescoço e machuca a coluna (!),
ou muda o (p)rumo da própria história
e acaba com problema de memória!
Eu, tiozinho que já passei dos quarenta,
sei [agora] que muito não se inventa
perante o que o imaginar apresenta.
Então, meu amigo, nem esquenta:
se a vida rodopiar-te e der tontura,
não te abalas fácil, criatura:
respira fundo e te senta;
o tempo muda, às vezes venta,
mas uma hora, precisamente,
tudo na mente se reorienta.