Humor
Viagem ao espaço!
Seu Joaquim de Ambrosina
Sonhava há muito tempo
Em viajar ao espaço
E fez todo o planejamento
Pegou uma porção de lata
Prego e pedaço de pau
E montou uma espaçonave
Atrepada em um girau
Pegou tampa de garrafa
Para servir como botão
E um emaranhado de fios
Que emendou com atenção
Inventou até fusível
Só faltava o combustível
Para subir a invenção
Pois, até mesmo uma chave
Já tinha na ignição
Joaquim estava inquieto
Andava de lá pra cá
E depois de tanto pensar
O filho de Ambrosina
Começou a fabricar
Uma espécie de gasolina
Para subir a invenção
E partir de mundo a cima
E assim estava Joaquim
Na preparação final
Deu uma mexida no combustível
Com um pedaço de pau
Ajustou bem o fusível
Forrou o assento com um jornal
Ele pintou tanto a nave
Que parecia que era carnaval
Já estava tudo prontinho
Joaquim não cabia em si
De tanta felicidade
Vou dar um voou
Por aí, com a minha espaçonave
Serei o homem mais famoso
De toda essa cidade
Quem sabe até me torne celebridade
Vou virar é empresário
No ramo de espaçonaves
Vou me tornar milionário
Vou embora dessa cidade
Vou casar e viver bem
E para quem nunca me quis
Agora vai ser é tarde
Era grande a euforia
Pois, enfim chegou o dia
Joaquim se aprontou todinho
Com a sua roupa brilhante
Pôs também um capacete
Prendeu com uma fita isolante
Para ele naquele momento
Era na terra o ser mais importante
Fez várias fotografias
Para registrar o momento
Era riso ,era alegria
Era só contentamento
Estava se achando um luxo
Era só felicidade
Um dia ainda terei um busto
Lá na praça da cidade
Serei o primeiro morador
Com essa desenvoltura
Serei um desbravador
Vou me aventurar nas alturas
E quem de mim duvidou
Hoje, a inveja nem segura
Jogou dentro de um saco
Farinha e também jabar
Uma garrafa de café
Pois, não podia faltar
E entrou na espaçonave
Puxou da porta uma trave
Pra ela poder fechar
E logo girou a chave
A nave começou decolar
Subiu de mundo a cima
Com um barulho infernal
Tapou tudo de fumaça
Partiu para o espaço sideral
Joaquim controlava a nave
Com uma espécie de pedal
E girava a direção de pneu de caminhão
Com uma destreza sem igual
A nave ganhava altura
Joaquim sorria feliz
Com bastante desenvoltura
Gritava;eu consegui
Agora quero saber, quem é que vai ri de mim?
Vou vender essa invenção
Vou ganhar um dinheirão
Eita!vou me dá bem sim
A nave fez ;plof plof
Começou a fumaçar
Joaquim deu logo um pinote
Aí meu Deus!vem me ajudar!
Ele rodou a direção
A bicha largou na mão
A nave começou a despencar
E seu Joaquim a chorar
Joaquim tentava de todo jeito
Controlar a invenção
Deu um aperto em seu peito
Acelerou o seu coração
Ele tentava achar o defeito
Tentava encaixar a direção
Mas, o azar foi tão grande
Que arrancou-se até o botão
Eita queda da mulesta!
Foi lata pra todo lado
Caiu longe o capacete
E Joaquim caiu estatalado
Era farinha, era jabar
Espalhado em todo canto
As galinhas a beliscar
E Joaquim chorando aos prantos
Joaquim quase realizou
Seu sonho de ir pra o espaço
Alguns dentes ele quebrou
Também fraturou um braço
Mas, ele teve a sua nave
Talvez, fosse melhor nem te-la
Pois, mesmo sem ir pra o espaço
Ele chegou a ver estrelas ...