E JÁ É NATAL OUTRA VEZ

E JÁ É NATAL OUTRA VEZ

Evilazio Ribeiro – Graduando em Direito

Os dias se sucedem tão rápidos que nem nos damos conta... E já é Natal outra vez... Foram tantas as lutas... Você caro leitor certamente teve problemas, trabalhou, sofreu, sorriu... Foram tantos os obstáculos... Mas as forças foram ainda maiores, que permitiram superá-los.

Renan fez o que fez, usou laranjas, pagou a amante com dinheiro de empreiteiras, enganou, mentiu... E não perdeu o mandato!

Lula viu à sua volta todo o PT se desmanchando em denúncias de mensalão, propinas, crimes, lavagem de dinheiro... , está com a popularidade mais alta do que nunca...Ainda não digerimos bem as recentes alterações eleitorais que, com suas reeleições, transformaram os políticos numa praga interminável... E já se fala em terceiro mandato para o presidente... Nossa prefeita atropelou a Constituição...

Uma garota de apenas quinze anos foi mantida presa junto com vinte homens... e nenhuma autoridade está presa até o momento...Os bancos lucram valores cada vez mais obscenos e continuamos perdendo os nossos dias em filas intermináveis para chegar até o único guichê que ainda funciona na agência bancária... Os planos de saúde continuam a cobrar mensalidades altíssimas e os associados continuam a recorrer à Justiça porque, curiosamente, a doença que possuem é sempre a que o plano não prevê cobertura... O cidadão continua pagando todos os seus impostos mas, quando precisa de um remédio caríssimo, precisa de uma ordem judicial para que as autoridades entendam que cuidar da saúde do povo não é favor, é obrigação...Não há policiais para combater os criminosos que, com suas balas perdidas, ceifam as vidas de inocentes... Mas há policiais em profusão quando o assunto é emitir multas de trânsito...

E depois ainda dizem que Papai Noel não existe... para alguns, ele existe, sim!

O Natal está aí, essa festa grandiosa para a humanidade que a própria humanidade transformou num mero evento consumista! Mas ainda é tempo de mudar. Será que vamos nos esquecer, novamente, de que o Natal não é Papai Noel, não é presentes e guloseimas, cores e brilhos, simplesmente? Alguém lembrará do menino que está para nascer e que representa o renascimento da vida para cada um de nós, a esperança de renovação para cada cristão desse mundo de Deus? A festa da fraternidade e do amor... O Natal é a oportunidade de reafirmarmos nossa fé em uma força superior que rege o universo, que rege o futuro, não importa o nome que lhe demos. O que será de nós, seres humanos, irmãos gêmeos da natureza, se não tivermos fé e esperança num amanhã que depende da nossa aceitação daquele menino que está para nascer?

O Natal existe porque um menino nasceu, há muito tempo atrás, para ensinar-nos que sempre é possível começar de novo, que nunca estaremos sozinhos, apesar de tudo.

Recorda-nos o recenseamento, por decreto do imperador Augusto, a viagem de Maria e José, sua não-acolhida nas casas de família, o frio, o parto, o nascimento do filho primogênito, deitado numa manjedoura, entre os animais que o aqueciam.

A festa de Natal nos reporta aos pastores, que guardavam os rebanhos e foram os primeiros a verem o Filho de Deus, recém-nascido, enquanto os anjos cantavam: "Glória a Deus no mais alto dos céus, e na Terra, paz aos que são do seu agrado!" Os pastores, admirados, saíram para contar a todos o que viram e ouviram. Nós, hoje, montamos os presépios para recordarmos que Natal é uma festa especial dos cristãos. Infelizmente, o comércio desenfreado tira muito do que é a essência da festa, afastando as pessoas do verdadeiro, atirando-as num mundo vazio sem sentido. Enquanto isso continuamos a insistir que nos preparemos devidamente para o Natal, durante o tempo do Advento, para que seja uma festa celebrada de modo digno, no aconchego do lar, com os parentes e amigos. Ao mesmo tempo, é oportuníssimo lembrarmo-nos dos que não possuem um lar e o convívio familiar. A festa de Natal não só nos deve unir em clima de família, graças aos laços de sangue, mas, sobretudo, pelos laços do espírito. Assim sendo, somos todos, irmãos e irmãs em Cristo Jesus. Por isso, o período do Natal é o momento da "grande convocação", do "grande diálogo", capaz de restabelecer a esperança do amor a Deus e entre os homens sobre a Terra. Ninguém pode se excluir. Somos artífices do mundo que queremos.

PARA REFLETIR: "Uma comunidade é como um navio; todos devem estar preparados para tomar o leme." Henri k Ibsen

evilazioribeiro
Enviado por evilazioribeiro em 15/12/2007
Reeditado em 30/12/2007
Código do texto: T779759
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