Papel principal
Lá pelas tantas páginas do livro do inglês Nick Hornby, Alta Fidelidade (editora Rocco, 2000), o personagem principal, Rob Fleming (papel interpretado por John Cuzak no filme homônimo), que está sempre a fazer listas dos cinco melhores para qualquer assunto (música especialmente), se sai com essa:
“Se você pede um rolo de papel higiênico a alguém, não precisa ter uma conversa acerca do que vai fazer com ele.” Tudo bem, mas isso não deve acontecer mais de uma vez.
Pois se você costuma pedir aos outros rolos de papel higiênico com frequência, sem querer explicar nada, eles têm o direito de pensar que se por um lado (o da frente?) você é um sujeito higiênico, por outro lado (o de trás?) você é um sujeito enrolado. Ou coisa pior: que não passa mesmo de um aproveitador ou um sovina. Pensa que papel higiênico tá barato, é? Não está, nada está.
Agora, se para além daquilo que todo mundo faz, você também costuma usar papel higiênico para escrever bilhetes, anotar recados, fazer listas de compras ou de outras coisas, realmente deve gastar muitos metros de papel por dia. E se for assim, lembre-se de anotar, num pedaço de papel higiênico mesmo, um recado para comprar várias embalagens de doze rolos da próxima vez que for ao mercado.
Isso é o que seus vizinhos devem estar desejando: então, veja lá se não vai esquecer, hein bundão!