Pequena história econômica

Antoniel acordou por volta das nove horas, como sempre fazia durante as férias de verão. Enquanto dava uma gostosa mijada viu, pela janela do banheiro, que o céu amanhecera coberto de nuvens escuras, quase a encobrir o sol. Imediatamente pensou: seria aquele um dia ruim? Mas continuou a toalete, chutou esse pensamento para dentro da privada e apertou o botão da descarga.

Depois, ao descer as escadas para tomar café, chamou pela mulher, que costumeiramente acordava antes dele para preparar o desjejum. Não obteve resposta, todavia. Talvez Sarah tivesse ido ao jardim dos fundos da casa colher algumas flores para enfeitar a mesa do café, como costumava fazer quando havia flores nos canteiros, e não ouvira seu chamado. Devia ser isso.

Próximo da cozinha, no entanto, ainda não sentia o delicioso aroma de café e dos pãezinhos quentes, como costumava sentir todas as manhãs desde cerca de dois anos atrás, quando se casaram. Achou estranho. E estranhou mais ainda tão logo percebeu que a mesa do café não estava posta, como sempre costumava estar. Alguma coisa estava errada, muito errada. Não havia dúvida!

Coração aos pulos correu para perto da bancada da pia e agarrou com força o puxador que subia a persiana da larga janela que dava para o quintal. Ela permitia ver quase todo o jardim dos fundos da casa. E foi então que Antoniel viu algo que estragou sua manhã, seu dia e sua vida para sempre: havia um corpo nu boiando na piscina!

(...)

“Vem rápido Daniel, que a água já está quente!”

Hum... Logo agora que essa história policial estava ficando interessante Lina, minha mulher, me chama pra tomar banho com ela.

Mas não é nada do que vocês estão pensando não, é para economizar água e energia elétrica mesmo. Ou vocês acham que que dá para ficar rico esbanjando dinheiro feito pobre, que gasta tudo o que ganha nem bem recebe o salário?