O APARTADOR DE BRIGAS

Luizinho, garoto de 13 anos, vivia fazendo intrigas e jogando os amiguinhos uns contra os outros.

Depois, quando o “pau já comia solto”, Luizinho saía dando puxões de orelhas em todos e dizendo que eles não passavam de uns jegues orelhudos, além de acusá-los de aprenderem violência jogando videogames. Ele, então, avisava que pessoalmente era contra toda violência e que o grupo chefiado por ele não deveria usar os celulares roubados para esse tipo de diversão porque o prazer já estava no ato de roubar para fazer justiça social.

Luizinho alertava aos seus liderados que não deveriam alimentar o ódio contra as pessoas que eram assaltadas pelo grupo, exceto o ódio à Classe Média ensinado pela coleguinha de infância Charilena Bicharruim. Portanto, apenas deveria haver violência se fosse em reação a qualquer vítima de cada assalto que se tornasse egoisticamente violenta (ou contra a tal “polícia, que era opressora).

Luizinho, porém, deu-se muito mal porque perdeu a boa fama de apartador de brigas quando seu truque foi descoberto por um monte de antigos amigos dos bairros: Zoropa e Estaduzunidos.

Luizinho decepcionou a todos, quando disse que a razão de uma briga acontecida estava com um “seu coleguinha” chamado Putinho, que andava provocando a galerinha mais quietinha da vizinhança.

Agora, o pessoal de Zoropa e Estaduzunidos juram que irão tirar satisfação.

E quem mais está atiçando a todos contra o falso pacificador é um pessoal de uma “casa portuguesa, com certeza”... que fica no bairro Zoropa.

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Da campanha Luizinaciniana: “Cerveja traz a paz e videogames trazem guerra ”