a Calcinha
Quando ele chegou à casa daquela madame, como prestador de serviços, ela estava tirando a roupa. Ali mesmo ele parou de respirar e não deu nem mais um passo. Bem a sua frente estava uma bela mulher; de gestos suaves e corpo bem delineado.
A mesma, primeiramente retirou a blusa e, em seguida, se virou suave e delicadamente para tirar a saia. Enquanto isso o serviçal continuava parado, preso, pasmo, dando asas a sua imaginação.
Desse modo, e a proporção em que a madame ia tirando as peças da roupa, ele acompanhava seus gestos com um aguçado olhar. Boquiaberto.
No momento em que ela retirou o sutiã e levou as mãos para a calcinha, o coração daquele varão já estava “a mil por horas”.
Quando, finalmente, a bela e bem delineada senhora retirou a última peça, a sua peça mais íntima – a calcinha do varal – foi que ele caiu no real de seu delírio... Respirou fundo e pigarreou, para dar sinal de presença.