pelos velhos tempos

você se lembra de quando podíamos brincar

na rua até tarde?

e não havia maldade nas brincadeiras

e não havia maldade nas brigas,

e não havia rancor nas palavras

que tanto gritávamos uns contra os outros.

antigamente podíamos fazer tantas coisas. . .

e as gerações futuras jamais saberão

o que não é racismo,

o que não é alcoolismo,

o que não é homossexualismo,

o que não é bolsonarismo,

o que não é feminismo,

o que não é patriotismo,

o que não é esse saudosismo

que nós tanto sentimos.

que nós tanto sentimos

e não aprendemos a lidar,

e não aprendemos a cuidar,

e não aprendemos a curar

das ofensas que ouvimos

e

das porradas que levamos

das pessoas que nos disseram

"eu te amo"

verbalmente

ou não deixando faltar comida à mesa

ou não deixando faltar um cobertor extra

na hora de dormir.

for auld lang syne,

sem as pessoas que conhecemos

hoje está tudo diferente.

obs: Este poema é uma crítica a vocês que tanto amam o que é velho e odeiam o novo. Este poema é uma crítica a quem acredita na homossexualidade como doença (vide o sufixo "ismo" na segunda estrofe). Este poema é uma crítica a quem nunca tratou dos próprios traumas, nunca procurou saber o motivo de um pensamento ou comportamento tóxico. Este poema é uma crítica a quem acha que o "politicamente correto" veio tornar o mundo "mais chato", quando por "chato" entende-se os crimes que vocês cometem, como racismo, lgbtqiafobia e espancamento de crianças como prática punitiva. Esse poema é uma crítica a todos vocês.

Cleber Junior
Enviado por Cleber Junior em 02/01/2023
Reeditado em 02/01/2023
Código do texto: T7685061
Classificação de conteúdo: seguro
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