A turma da faculdade escreveu para o professor do Primão como se fosse uma aluna apaixonada
Nos reuníamos no bar da faculdade antes das 14 hs e escrevíamos cartas de amor para o professor de filosofia que era padre e bastante abusado com as alunas. Nossa colega Mary esfregava creme hidratante que ela usava depois das aulas de educação física, para dar perfume àquelas letras de alguém que está se declarando. Primão, que fingia estar dormindo no ônibus para não falar com ninguém, chegava mais cedo para colocar a missiva no meio das coisas dele que passava todo o período radiante, tentando saber quem era a autora ou autor que havia deixado para ele aquele "presente" ali. Esse professor já faleceu e nunca soube quem era que escrevia as palavras mais bonitas que ele poderia imaginar. As aulas, todavia, não melhoraram e ele continuou sendo abusado durante todo o período das aulas. Talvez as cartas só tenham servido para inflar ainda mais seu ego de sacerdote!