A Extraordinária Arte Moderna - artigo de Moderno Crítico de Vanguarda - publicado no Zeca Quinha Nius.
Publicamos, hoje, especialmente hoje, e exclusivamente hoje, no Zeca Quinha Nius, o maior e mais popular hebdomadário digital do orbe terrestre e de todos os outros orbes deste e de outros universos conhecidos e desconhecidos, um artigo que fala, mesmo que não fale, de arte, artigo que seu autor escreveu, e é o seu autor o senhor Moderno Crítico de Vanguarda, especialista em arte, arte moderna, arte antiga, arte meio moderna, meio antiga, arte nem moderna, nem antiga, arte velha, arte nova, arte mais velha do que a antiga, arte mais nova do que a moderna, arte mais antiga do que a velha, arte mais moderna do que a nova, e outras artes cujos artistas viveram em algum momento da história da civilização humana do orbe terrestre, o único orbe deste e de outros universos conhecidos e desconhecidos habitado pelos seres humanos, que construíram a civilização e criaram a arte, e arte humana, e a ela se dedicam desde tempos imemoriais, que estão na memória e na falta de memória das pessoas que delas se lembram.
O senhor Moderno Crítico de Vanguarda é conhecido e reconhecido, e de muita gente desconhecido, como um dos mais bem preparados e formados estudiosos de arte, aqui em terras pindamonhagabenses e em outras terras do orbe terrestre e de outros orbes; e está seu nome de batismo batizado, e é seu nome, o de batismo,igual ao seu nome de crisma, que, por sua vez, é idêntico ao nome que está registrado em sua Certidão de Nascimento, registrada, esta, no cartório civil após o seu nascimento, mas não está inscrito em sua Certidão de Óbito porque ele, ainda não vindo a morrer, está vivo, o que se confirma na sua disposição de se recusar a elaborar uma declaração de sua morte natural, ou artificial, com reconhecimento de firma, xerox autenticado em duas vidas, na presença de duas testemunhas e do escrivão, e do juiz de paz, cuja reputação é de um homem rabugento e casmurro, e não pacífico, conquanto seja a sua estampa tão feia que faz-nos evocar a face de um tatu que chupou limão.
Não pretendemos, nós, do Zeca Quinha Nius, o maior e mais popular hebdomadário digital do orbe terrestre e de todos os outros orbes deste e de outros universos conhecidos e desconhecidos, perdermos tempo com um prólogo, que dê a conhecer aos nossos leitores, que são uns dez bilhões de seres vivos, a biografia do autor do artigo; portanto, assim sendo, e sendo nosso interesse, e nosso desejo, e nossa vontade, apresentar aos nossos leitores o artigo do senhor Moderno Crítico de Vanguarda, encerramos, aqui, o que aqui damos à título de prefácio, que é um prólogo, a apresentação do que pretendíamos apresentar, e já apresentamos, e publicamos, nas linhas abaixo deste parágrafo, que se situará, assim que publicado, acima do que vai abaixo, o artigo de autoria do senhor Moderno Crítico de Vanguarda.
"Antes de mais nada, e depois de tudo, quero agradecer ao senhor Zeca Quinha, o primeiro e único fundador e editor-chefe do Zeca Quinha Nius, o maior e mais popular hebdomadário digital do orbe terrestre, e chefe do seu editor, pelo convite, que me fez, para escrever um artigo, que ele publicará em seu famoso e popular e respeitável hebdomadário digital, que, além de digital, é um hebdomadário.
"Dediquei-me, com afinco, na redação deste artigo, que escrevi digitando as letras, que formam palavras, no celular, e, depois, corrigindo-o, aparei-lhe arestas, removi-lhe excessos, acrescentei-lhe escassezes, até dar-lhe a consistência que dele faz o que faz dele a consistência que consiste em emprestar-lhe consistência.
"Quero dizer, escrevendo ao digitar estas palavras, que está a arte moderna para a antiga em orientação temporal invertida, indo ambas em sentidos opostos, um de encontro ao outro, e aponto que estão ambas a ponto de se colidirem em momento ignorado e em espaço desconhecido do espaço-tempo quadridimensional do tecido cósmico sobreposto à estrutura esotérica do misticismo órfico e pitagórico.
"Vivemos sob a inspiração de mentalidade rústica, de povos bárbaros, chucros, caipiras, medievais, ignorantes e estúpidos, que insistem em conservar viva a antiga, antiga e antiquada, primitiva, primitiva e boçal, e morta, e falecida, idéia de arte, defunto cadavérico, que, além de subsistir e sob-existir e sobre-existir em pleno século XXI, justapõe-se à arte moderna, que lhe é infinitamente superior porque da moderna é a antiga infinitamente inferior, de modo a revelar-se o que é, sendo nada mais do que a expressão inexpressiva da mentalidade paleozóica dos australopithecus jurássicos da era cenozóica, seres ainda em seus estágios primordiais da evolução, que, principiada em seres de inteligência simiesca, após o transcurso dos milênios, atingiu, hoje, em pleno século XXI, a culminância de seu intelecto, de seu dom poético, literário, pictorial, musical, dramático escultural, arquitetônico; todavia, são poucos os agraciados com a inteligência superior, e muitos os desprovidos dos mais elementares ingredientes de uma espécie evoluída, moderna, de vanguarda, a espécie que, dotada de sublime talento herdado de seres adventícios à Terra, aqui, em terras da mãe Gaia, inspiraram aos seus escolhidos a consciência da essência da sapiência na imanência da transcendência da inteligência cósmica iluminada pela astrologia mística das sociedades iniciáticas cujos conhecimentos conectam quem os possuem ao coração e ao cérebro do ser pluridimensional que abrange o microcosmo e o macrocosmo, o ser que criou, e ora controla, as forças gravitacionais fracas e fortes, a força eletromagnética, e domina a realidade quântica e a relatividade geral dos elementos universais e dimensionais e está presente, na mente humana, em sua alma e em seu espírito.
"Após absorver, e introjetar, a sabedoria universal, do passado, do presente e do futuro, estou apto a pensar a arte, e com propriedade dela tratar, sempre a projetar na arte a arte verdadeira, humana, de inspiração cósmica. Assim, digo: os ignaros, pessoas que não possuem formação acadêmica, pessoas que não leram os livros dos maiores estudiosos que o mundo já viu, não têm meios e recursos intelectuais para apreender o real valor, e significado, da arte moderna, sendo incapazes de se livrarem, e de se libertarem, de conceitos primitivos, pois ainda conservam íntegro o espírito medievalesco e antiquado de arte e de toda atividade humana.
"Para não ficarmos no diz-que-diz que nada diz e que de tudo nada demonstra saber dando a entender que nada entende, dou um exemplo que exemplifica o pensamento de gente ideologizada pelas religiões primitivas cujas historietas resumem-se a peças folclóricas de crendices de profundo fundo mental pré-civilização. E nenhum exemplo é melhor do que o exemplo que, sei, e os leitores, assim que o lerem, irão saber, exemplifica a idéia, que ora publico, idéia que pode ser encontrada, caso alguém, estando procurando por ela, a encontre, e nenhum exemplo, prossigo, sem perda de tempo, é melhor, e melhor exemplica o que exemplifica do que a peça artística de um artista renomado, um dos mais talentosos que o mundo já viu, mesmo que não o tenha visto, obra de um escultor: é a obra de arte, e dela faço uma descrição, que a descreve, pormenorizada, uma estátua constituída de latinhas cilíndricas empilhadas de modo a formar uma pirâmide, que remonta à do Egito, pirâmide que é egípcia, e no interior delas há fezes humanas, fezes, estas, quero dizer, aquelas, que, estando no interior das latinhas que constituem a escultura, primorosa obra de arte, ninguém vendo-as, todos a vêem. Os pascácios descerebrados, gente estúpida tal qual os simiescos bonobos, viram em tal obra de arte coisa de desmiolado. Desmiolado é a vovozinha! Gente estúpida, primitiva, caipira! Em um mundo vanguardista, moderno, industrial, tecnológico, tecnocrático, transhumanista, a essência da arte é tão elevada que está ao alcance de alguns poucos indivíduos, os agraciados, pelas sempiternas entidades cósmicas omnissapientes, com a sabedoria universal. São tais indivíduos raros, de valor incalculável, e cuja inteligência os tolos, os ignorantes, os estúpidos, não podem apreciar, menos ainda admirar. Representa a escultura um tema caro aos humanos, o da escatologia, o da conexão umbilical do ser humano com o seu fim, que é a consequência mediata e imediata de seu início, sob a jurisprudência mística do obscurantismo, em sua acepção nobre, dos ensaios ritualísticos dos homens mumificados cujas almas, sob a força e os elementos da metempsicose, transmigram-se para todos os corpos de todos os seres viventes estejam eles vivos ou não. É este o símbolo arquetipado nas latinhas repletas de fezes humanas, alegoria do fabulário exotérico e esotérico do gnosticismo e agnosticismo esfíngico piramidal dos obeliscos mágicos e místicos do submundo das profundezas quânticas da razão ontológica do ser-enquanto-ser teleológico.
"Sem a compreensão da essência da vida e da morte, essência que apresentei no parágrafo anterior, não conta a pessoa com o dispositivo que lhe permite acessar os mistérios e os segredos da estrutura do cosmos e de sua associação intrínsica à condição humana.
"Outro exemplo, que exemplifica, e exemplifica exemplificadamente bem exemplificadamente exemplificado, está registrado na escultura cujo escultor a esculpiu sem que a tenha esculpido: uma pedra, quase que perfeitamente esférica, de mais de dez toneladas, que o artista, encontrando-a no deserto de Mojave, transportou-a ao Museu de Arte Moderna; e lá ficou a gigantesca pedra exposta ao público, que, infelizmente, para surpresa de nenhum homem de inteligência superior, não compreendeu-lhe o valor simbólico e tampouco a sensibilidade artística e o talento magistral do escultor, que, encontrando-a, perdida, em um deserto desértico, a esperar que alguém, e alguém dotado de intelecto sutil, superior, conectado à mãe Gaia, reconhecendo-lhe a beleza de sua essência, de seu território, que a abrigava, original, a retirasse e a levasse a local onde os humanos pudessem, maravilhados, admirarem-la. Senti a presença do espírito da Terra naquela escultura que a natureza esculpiu e cuja beleza apenas um escultor de gênio inigualável poderia reconhecer-lha. Tal obra transmite a força indomável da natureza. É esta a sua substância escultural.
"Acima, dois exemplos, dentre os infindáveis que eu poderia citar, de obras de arte primorosas que escultores de talento superior concretizaram e que recebem do público imbecil, de pascácios, de azêmolas acaipirados, o desdém, a indferença, o motejo, o riso escarninho.
"Que se imponha ao vulgo estúpido a arte moderna!
"Oxalá esteja próximo o dia em que os humanos, e todos, e não apenas uma parcela infinitesimal deles, abandonem suas crendices medievalescas, suas veleidades primitivas, suas inverossimilhanças caipirescas, suas idiossincrasias antiquadas, suas sensações estéticas patéticas e ridículas a inspirar-lhas religiões milenares obscurantistas e mitológicas que pecam pelo sabor mágico anti-científico, e adotem, e adotem de braços abertos, a sabedoria que a ciência e a inteligência modernas, de vanguarda, têm a oferecer."